quinta-feira, 11 de março de 2010

Flávio La Selva, Fundador dos Gaviões da Fiel.


Flávio La Selva morreu em 21 de março de 1988, de câncer, aos 38 anos. No mesmo ano, a diretoria do Grêmio batizou a sede da torcida, já no Bom Retiro, com seu nome.
“No mesmo ano em que fundou os Gaviões, entrou para a faculdade de Direito do Largo São Francisco. Desde então, até o fim da vida, se dedicou totalmente a ajudar os outros".
No esporte, La Selva foi também dirigente da Federação Paulista de Futebol de Salão, diretor do Sport Club Corinthians Paulista, presidente da Associação das Torcidas Organizadas do Estado de São Paulo. Em 1988, Vicente Matheus o convidou para a vice-presidência do Corinthians, cargo que ele não aceitou por já estar doente.
No Carnaval, foi também vice-presidente da União das Escolas de Samba Paulistana, vice-presidente Jurídico da Federação das Escolas de Samba do Estado de São Paulo, integrante das escolas de samba Vai-Vai e Vila Dalila.
Formado em Letras e em Direito, La Selva tinha um espírito humanista. Fundou o Grupo de Defesa da Cidade, ao lado de Humberto Mesquita e Sérgio Camarano. Foi sócio benemérito do Hospital Humberto Primeiro e integrante da Casa de Saúde Ermelindo Matarazzo, que ajudou a recuperar de dificuldades financeiras. Em sua homenagem, foi batizada a Escola de Primeiro e Segundo Graus Prof. Flávio La Selva, no Jardim Ângela, zona Sul de São Paulo.
La Selva teve participação ativa no movimento Diretas Já e também no que lutava pela anistia aos perseguidos pela ditadura militar de 1964. Numa época em que futebol era considerado “coisa para alienados”, levou faixas de cunho político aos estádios, como forma de conscientizar as massas. Preocupou-se também com a melhoria da saúde pública paulistana e liderou vários movimentos em defesa dos menos favorecidos socialmente. Em sua homenagem, foram batizadas uma escola de primeiro e segundo graus, localizada no Jardim Santa Lúcia, Santo Amaro, zona sul de São Paulo; uma praça, no Tatuapé, Zona Leste; e a quadra da Gaviões da Fiel.